sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Que atire a primeira pedra...

Uma crônica deliciosa de ser lida em seguida. Simplesmente porque, atire à primeira pedra a mulher que nunca se viu fazendo isso... e se nunca fez, acredite, deixou de viver um excelente aprendizado sobre si mesma.
Infelizmente as maiores partes das mulheres que já viveram isso, não entenderam o real significado das desilusões e até hoje o tornam a fazer repetidamente até a parte antes do desfecho final.
Para mim isso se chama co-dependência. Eu mesmo me assumo uma ex-co-dependente total de alguém. Graças ao meu cupido burro, e a duras penas (depressão, síndrome do pânico e muitas lagrimas), consegui entender que em primeiro lugar estamos NÓS mesmas, segundo lugar, NÓS mesmas, em terceiro lugar, nossa família, em quarto lugar, nossos amigos, em quinto lugar, nossa profissão e se alguém se apaixonar por essa mulher incrível que somos, pode-se dizer que ele estará num sexto, ou sétimo, ou até mesmo num oitavo lugar em nossas vidas.
Acredito que ninguém é de ninguém nessa vida e só nós mesmas podemos nos fazer felizes, o resto é conseqüência!!!!
Bom, pelo menos essa é a minha opinião.
Aproveitem o texto, é ótimo. E atire a primeira pedra quem nunca passou por isso....

"Não podemos esperar que outra pessoa nos preencha ou nos complete.
Sozinhas, somos as responsáveis por nossa Paz de espírito e nossa
realização seja ela pessoal ou profissional “(Marian Keyes)

Só Para Mulheres...
(Martha Medeiros)

Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um E-Mail dizendo: "olha, não dá mais".
Está certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um E-Mail, não é mesmo? Liguei para tentar conversar e terminar tudo decentemente, e ele respondeu: "mas, agora, eu tô comendo um lanche, com amigos".
Fiquei p'ra morrer, algumas semanas, até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe, eu ficando mais bonita, mais equilibrada, ou mais inteligente, ele não volta para mim? Foi assim que me matriculei, simultaneamente, n'uma academia de ginástica, n'um centro budista, e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram, eu me tornei um dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada. Ele continuou não lembrando que eu existia.
Aí, achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum. Eu precisava ser ainda melhor, para ele. Sim; ele tinha que voltar para mim, de qualquer jeito! Decidi ser uma mulher mais feliz. Afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro ,e tudo fica mais leve. Para isso, larguei de vez a propaganda (que eu não suportava mais), e resolvi me empenhar na carreira de escritora. Participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site... E nada aconteceu.
Mas, eu sou taurina - com ascendente em áries, lua em gêmeos, e filha única! Eu não desisto fácil, assim, de um amor. E, então, resolvi que tinha que ser uma super-ultra-mulher para ele. Só assim, ele voltaria para mim. Foi, então, que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, tornando-me mais culta e vivida, po fim. Voltei de viagem e, tchân, tchân, tchân, tchân... Pois é... Nem sinal de vida!
Comecei um documentário com um grande amigo; aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei para Santo Antônio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris. E, como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, resolvi ir morar sozinha.
Daí, aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei meus amigos para a inauguração, e servi um bom vinho, com comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto!
O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias, querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu: um belo dia, eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher..., que acabei me tornando mulher demais para ele.
Ele quem, mesmo?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Por que eu te quero???


Porque agora só consigo pensar em coisas românticas...


Porque agora não sei mais o que é acordar sem estar entre seus braços...


Porque agora seus braços fazem-me sentir protegida...


Porque agora seu corpo é meu refugio...


Porque agora não tenho mais sonhos ruins...


Porque agora me sinto mais viva...


Poque agora eu tenho mais brilho no olhar...


Porque agora meu riso é muito mais feliz...


Porque agora meu mundo é bem mais colorido...


Porque agora quero que o tempo passe bem devagar...


Enfim, porque sei que posso ser feliz sozinha, mas adoraria ser feliz ao seu lado.


Te respondi???

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Era uma vez duas amigas....


Era uma vez duas amigas inseparáveis que moravam numa cidadezinha lá do interior... Descobriram juntas o verdadeiro sabor da amizade, pois era a primeira grande amizade de ambas. Eram adolescentes e passaram juntas pelas mesmas experiências... primeiro beijo, primeiro amor, primeira, segunda, terceira e inúmeras decepções amorosas, primeiro , segundo , terceiro e inúmeros porres por causa dessas decepções precoces,....era sem duvidas uma amizade que duraria a vida toda.


Tinham os mesmos planos, estudar, fazer faculdade, namorar, ter uma carreira, um lar e uma família cheia de filhos e um cachorro.


Mal podiam contar que as coisas nem sempre saem como planejamos....

Lara e Susan são do mesmo signo (emotivas, românticas, passionais, dedicadas), mesma personalidade, mesmo gostos, mesma idade. Tinham tudo para terem vidas idênticas... Só não contavam com as peripécias que a vida estava preparando...
Depois de anos de amizade, encontraram com uma inesperada bifurcação no caminho delas e cada uma seguiu por um caminho diferente.


Lara não pode concluir os estudos, pois o cupido acertou em cheio seu coração e logo a cegonha deu o ar da graça. Ela pulou uma etapa, mas acabou seguindo sua profecia.


Susan vivia correndo atrás do cupido e de tenta pressão, ele só flechava para as pessoas erradas. Mas foi graças a esse cupido burro, que ela pode concluir a faculdade e ir à busca de uma carreira na cidade grande.
Estudou muito e hoje tem uma carreira bem sucedida. O cupido continuava o mesmo burro de sempre e graças a ele novamente, ela pode conhecer vários países, viver vários relacionamentos intensos e curtir a vida como uma eterna adolescente.


Os anos se passaram e embora a promessa de amizade eterna de ambas os terem permanecido, a correria e distancia eram tantas, que mal podiam se encontrar. Apenas trocaram alguns poucos e mails durante longos anos que seguiram.


Depois de 20 anos, um encontro foi marcado. Fazia tempo que estavam ensaiando e com medo que as doenças neurológicas degenerativas (Alzheimer, Parkinson, Esclerose...) chegassem e a gravidade viesse sorrindo dizendo: falei pra vocês que um dia eu iria fazer tudo isso cair... resolveram não adiar mais.


O grande dia chegou e a primeira impressão foi assustadora... Ainda guardavam aquela imagem de meninas adolescentes e agora, eram duas mulheres maduras, já com algumas marquinhas de expressão (sim, mulher não tem rugas, tem marcas de expressão!!), reflexos e mechas nos cabelos para esconder os fios brancos, roupas da moda, mas nem tão coladas no corpo; tamanhos, cores e modelos adequados para a idade delas e na medida para esconder as tão temidas celulites e estrias...


Tirando esses detalhes deprimentes, foi uma emoção inenarrável de felicidade que quase se transformou na primeira discussão de ambas. Foi um tal de uma querer atropelar a outra pra falar desses últimos anos... mas quando deram conta, começaram a rir e jogaram o relógio pela janela, desligaram os celulares, abriram uma cerveja e sem pressa cada uma falou de sua vida....

Após o resumão de cada, entre muitas lagrimas, gargalhadas e muita cerveja, perceberam que já era dia e a sintonia de anos se manteve, principalmente nos pensamentos opostos:


Lara pensava: Nossa, ela teve a vida que hoje eu sonho em ter tido... Conheceu o mundo, fala outra língua, se relacionou com inúmeros homens lindos e interessantes, tem uma carreira bem sucedida, sem filhos, ninguém pra dar satisfação, pode fazer o que quer na hora que quer, pode dormir até tarde nos finais de semana, uma vida totalmente imprevisível. É tudo o que sonhei pra mim. Como minha vida é monótona e sem graça, totalmente previsível. Susan que é feliz!


Ao mesmo tempo Susan pensava: Nossa, ela teve a vida que planejei pra mim... uma casinha linda, duas filhas fofas, um maridão sempre presente, dois cães, tem um emprego razoável pra manter sua parcial independência financeira. Uma vida relativamente tranqüila e previsível... era tudo o que sonhei pra mim. Como minha vida é vazia... Lara que é feliz!

FIM


Ficção?? Não pra mim!!!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Homem Camarão


AdOrOOO sextas feiras. Por todos os motivos que ela representa... dia de happy hour, cerveja, dia de curtir até que suas energias agüentem porque no dia seguinte vai dormir até o meio dia, dia de esquecer os problemas profissionais porque as segundas feiras existem pra isso mesmo, enfim, adoro sextas-feiras por todos esses fatores óbvios, mas por um outro motivo em especial...Casual Day na empresa. AdOrO....

Como eu, a maioria das mulheres ama homens engravatados, mas de segunda a quinta-feira, convivo com a turma da gravata, e acho justo ter uma visão do paraíso, por perspectivas diferentes na sexta feira. Roupas casuais mostram mais sobre quem somos. Nessa hora, você passa a conhecer um lado mais intimista das pessoas.
Foi numa dessas sextas feiras que eu e a Bia, estávamos voltando da hora do almoço e quase quebramos o pescoço ao ver Felipe.

Felipe é aquele engravatado que sempre comentávamos: além de grosso, o bicho é feio... ele sempre passava despercebido por nós, exceto naquela sexta feira.
Começamos de baixo pra cima quando ele passou por nós... UAU, suspiramos em sincronia. Um jeans perfeito, nem tão justo e nem tão largo. Simplesmente na medida. Dava pra ver que ele malha....continuamos a subir o olhar, camiseta justa, branca com duas listras grossas, uma vermelha (cor do pecado) e a outra azul ( cor do céu, paraíso!!), imaginação a mil até ver uma parte do tigre tatuado estrategicamente posicionado naquele braço, alias braço nada, aqueles membros superiores são puros bíceps...por segundos, enlouquecemos!Mas paramos nos bíceps.
Quando voltamos a si, estávamos as duas parecendo pessoas do nado sincronizado dizendo:

Ah, eu pegava!!!!

Rimos muito por termos pensado a mesma coisa ao mesmo tempo. Depois disso, passamos a debater em vários outros almoços sobre os homens camarões. O termo é tosco, concordo, mas achei cabível, aquele que você arranca a cabeça e aproveita só o corpo. Nós mulheres temos hormônios que dominam nossos pensamentos e julgamentos para determinados assuntos.
Mas voltando ao Felipe, que corpo é aquele que fica escondido em baixo da gravata???
Mas será que apenas um corpo bonito é o suficiente para se iniciar e investir numa relação???
Falando no quesito aparência, sim porque se formos abranger o todo, a resposta sempre é a mesma: Embora a beleza abra o apetite, o conteúdo interior é o que importa. Tá, ok, concordo!
Mas vou desmembrar o todo, vou dizer o que penso sobre a beleza exterior.
Nunca fui ligada a corpos sarados, hiper malhados, abdome tanquinho essas coisas. Já me relacionei com todos os tipos de aparências: alto, baixo, loiros, morenos, gordinhos, magrelos, normais, feinhos, bonitinhos, lindos e maravilhosos.
Gosto do conjunto, mas também já me apaixonei por um sorriso, por uma mão, por um olhar.... contraditório né??
Concluindo, na minha opinião, não existe um padrão aparente. Realmente o que me deixa atraída não é físico e sim químico, ou seja, a combinação de substancias químicas que resultam na liberação de feromônios, isso sim me tira o fôlego. O que vai atrair ou repelir depois, com certeza não é o corpo, a resposta pra isso ainda é um mistério pra mim.